Liberdade de imprensa: Brasil avança no ranking

Liberdade de imprensa: Brasil avança no ranking

De acordo com o Ranking Mundial da Liberdade de Imprensa da organização Repórteres Sem Fronteiras (RSF), o Brasil ocupa a 63ª posição em 2025, uma melhora de 47 posições em relação a 2022. O relatório atribui esse avanço à redução do clima hostil ao jornalismo no país após o fim do governo de Jair Bolsonaro.

Segundo a RSF, a liberdade de imprensa é definida como “a possibilidade efetiva de jornalistas divulgarem informações de interesse público sem ingerências externas”. Apesar da melhora brasileira, o cenário global é preocupante.

O estudo revela que 60% dos países caíram no ranking, e pela primeira vez, metade dos 180 países avaliados apresenta condições consideradas “ruins” para o exercício do jornalismo. A pontuação média global ficou abaixo de 55 pontos, o que classifica a situação da liberdade de imprensa no mundo como “difícil”.

A concentração dos meios de comunicação e a pressão econômica de anunciantes foram os principais fatores que impactaram negativamente as pontuações, segundo a organização.

Alguns países apresentaram retrocessos preocupantes. A Argentina caiu para a 87ª posição, refletindo tendências autoritárias sob o governo de Javier Milei. No Peru, a queda foi ainda mais acentuada — agora na 130ª posição, devido a assédios judiciais e campanhas de desinformação. Já nos Estados Unidos, a liberdade de imprensa continua fragilizada pela desconfiança na mídia e hostilidade contra jornalistas, agravada durante o segundo mandato de Donald Trump.

Regiões como o Oriente Médio e o Norte da África seguem como as mais perigosas para jornalistas, evidenciando os desafios globais à liberdade de imprensa.

Adriana Nogueira

Adriana Nogueira

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