Testes podem conter avanço do câncer de mama

Testes podem conter avanço do câncer de mama

Os Cientistas da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) deram um passo promissor na busca por tratamentos mais eficazes contra o câncer de mama. Em estudo recente, uma nanopartícula de óxido de ferro demonstrou capacidade de conter a proliferação de células tumorais e dificultar a disseminação da doença em modelos animais.

Os testes, conduzidos em camundongos, mostraram que a substância não apenas reforçou a resposta imunológica como também reduziu os sinais de metástase. O estudo foi publicado na revista Cancer Nanotechnology em maio.

A pesquisa avaliou dois grupos de camundongos com diagnóstico de câncer de mama. Ambos receberam quimio e radioterapia, mas apenas um deles teve o tratamento reforçado com a nanopartícula. Os resultados indicaram que os animais que receberam o composto tiveram maior ativação de células NK, que atuam diretamente no combate a células anormais.

Além disso, os cientistas observaram uma redução dos níveis de neutrófilos, células associadas à progressão tumoral, e da molécula MCP-1, frequentemente relacionada à formação de metástases. Nos pulmões, os pesquisadores detectaram menos focos cancerígenos entre os animais que receberam a nanopartícula.

O fígado, outro órgão comumente afetado pela metástase do câncer de mama, foi analisado nos dois grupos. A quantidade de células tumorais foi baixa em ambos, sugerindo que o tratamento tradicional também teve eficácia nessa região.

Apesar dos resultados animadores, os autores do estudo ressaltam que ainda são necessárias novas etapas de pesquisa. O composto precisa passar por testes pré-clínicos rigorosos, que avaliarão sua toxicidade, metabolismo e segurança, antes que qualquer ensaio clínico em humanos possa ser considerado.

A descoberta abre caminho para novas abordagens no tratamento do câncer de mama, especialmente para pacientes que não respondem bem aos métodos tradicionais ou apresentam recidivas. A expectativa é que, no futuro, a nanopartícula possa ser incorporada como um recurso adicional no arsenal terapêutico da oncologia.

O câncer de mama é uma das principais causas de morte entre mulheres no mundo, o que torna avanços como este ainda mais relevantes no enfrentamento da doença.

Adriana Nogueira

Adriana Nogueira

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