Ataques coordenados matam 18 e ferem dezenas na Colômbia
Dois ataques ocorridos na Colômbia na última quinta-feira (21) deixaram pelo menos 18 mortos e dezenas de feridos, segundo informações divulgadas pelas autoridades locais. Os episódios de violência aconteceram em diferentes regiões do país e foram atribuídos a grupos dissidentes das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc), que não aderiram ao acordo de paz firmado em 2016.
Na cidade de Cali, localizada no sudoeste colombiano e considerada a terceira maior do país, um caminhão carregado de explosivos foi detonado nas proximidades de uma base da Força Aeroespacial Colombiana. A explosão matou seis pessoas e feriu outras 71, conforme informou a prefeitura local. O impacto foi tão forte que danificou prédios e veículos em um amplo raio.
Horas antes, no município de Amalfi, no departamento de Antioquia, um helicóptero Black Hawk UH-60 da Polícia Nacional foi derrubado durante uma operação de erradicação de plantações ilegais de coca. Doze policiais que estavam a bordo morreram no ataque. A aeronave participava de ações contra o narcotráfico na região, uma das mais afetadas pela presença de grupos armados ilegais.
O presidente colombiano, Gustavo Petro, responsabilizou por ambos os ataques facções que se mantiveram armadas após o processo de paz. Segundo ele, os grupos dissidentes das Farc continuam operando fora da legalidade, principalmente ligados ao tráfico de drogas, e representam um grande desafio à pacificação do país.
A Colômbia tenta se reerguer após décadas de conflito armado interno, que deixaram mais de 450 mil mortos. Embora o acordo de 2016 tenha desmobilizado grande parte da antiga guerrilha, a persistência de grupos remanescentes, que recusaram os termos do tratado, ainda gera instabilidade em várias regiões.
Até o momento, o governo não anunciou novas medidas em resposta aos atentados, mas forças de segurança foram mobilizadas para reforçar a presença do Estado nas áreas atingidas.
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