INCA alerta para risco do cigarro e câncer de pulmão

INCA alerta para risco do cigarro e câncer de pulmão

O tabagismo continua sendo o principal responsável pelos casos de câncer de pulmão no Brasil. De acordo com o Instituto Nacional de Câncer (INCA), entre 80% e 85% dos diagnósticos da doença têm relação direta com o consumo de produtos derivados do tabaco. As projeções do INCA para o triênio 2023-2025 indicam que o país deve registrar, anualmente, cerca de 32.560 novos casos de câncer de pulmão, traqueia e brônquios. Desse total, 18.020 ocorrerão entre homens e 14.540 entre mulheres. O estado de Minas Gerais aparece como o terceiro com maior número de casos estimados, com 3.120 ocorrências por ano, ficando atrás apenas de São Paulo e do Rio Grande do Sul.

Embora o cigarro tradicional continue sendo uma ameaça à saúde, o uso crescente de cigarros eletrônicos entre jovens e adultos também preocupa os órgãos de saúde. Mesmo proibidos no Brasil desde 2009, os vapes vêm ganhando espaço, especialmente entre adolescentes e pessoas com maior escolaridade, impulsionados pelo marketing digital e pela falsa ideia de que são menos nocivos. Dados da Pesquisa Nacional de Saúde de 2019 mostram que o país já contava com mais de 20 milhões de consumidores de produtos de tabaco, e que, após a inclusão dos dispositivos eletrônicos nas estatísticas, o índice de usuários subiu de 9,3% (2018) para 11,5%.

A campanha Agosto Branco tem como foco alertar sobre os riscos associados ao fumo e reforçar a importância da prevenção. Apesar de ser uma das formas mais letais da doença, o câncer de pulmão também está entre os tipos mais evitáveis. O diagnóstico precoce é fundamental, especialmente para pessoas com histórico de tabagismo intenso e idade acima dos 55 anos. Embora o rastreamento populacional ainda não seja adotado em larga escala, o exame de tomografia de baixa dose pode ser indicado em casos específicos.

A melhor forma de prevenção continua sendo não fumar ou abandonar o hábito o quanto antes. Além disso, o tratamento do câncer de pulmão é individualizado e pode envolver cirurgia, quimioterapia, radioterapia, imunoterapia, terapia-alvo ou cuidados paliativos, conforme o tipo e o estágio da doença. Diante de sintomas como tosse persistente, presença de sangue no catarro, falta de ar, dor torácica e rouquidão, é essencial procurar avaliação médica.

Adriana Nogueira

Adriana Nogueira

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