Manifestação em quartéis está proibida
O Exército brasileiro determinou a proibição de manifestações em frente a quartéis durante o julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que tem início nesta terça-feira (3) no Supremo Tribunal Federal (STF). A ordem, emitida pelo comandante da Força, general Tomás Paiva, tem como objetivo evitar que unidades militares se tornem palco de atos políticos, especialmente em um momento de forte tensão institucional.
A medida visa preservar a neutralidade e a rotina das Forças Armadas, enquanto o STF julga Bolsonaro e outros aliados por suposta participação em um plano para subverter a ordem democrática. Caso o ex-presidente venha a ser condenado e cumpra pena em instalações militares, manifestações e acampamentos nesses locais também estarão proibidos.
Além da atuação do Exército, o julgamento provocou reforço na segurança em Brasília. A Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal montou um esquema especial na Praça dos Três Poderes, com aumento do efetivo policial, instalação de barreiras e uso de drones para monitoramento. Haverá revistas em pessoas que portarem mochilas ou itens suspeitos.
O Gabinete de Segurança Institucional (GSI) também reforçou a vigilância nos prédios ligados à Presidência da República. Barreiras foram erguidas no entorno do Palácio do Planalto, do Palácio da Alvorada e da residência oficial da vice-presidência, o Jaburu.
No total, oito pessoas compõem o chamado “núcleo central” da ação penal. Seis são militares da ativa ou da reserva, incluindo Bolsonaro, o tenente-coronel Mauro Cid e os generais Braga Netto, Paulo Sérgio Nogueira e Augusto Heleno, além do almirante Almir Garnier. Também são réus o ex-ministro da Justiça Anderson Torres e o deputado Alexandre Ramagem (PL-RJ).
O STF analisa acusações que incluem tentativa de golpe de Estado, abolição violenta do Estado Democrático de Direito, organização criminosa armada, dano qualificado contra patrimônio público e destruição de bem tombado.
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