Advogado Wilians sob investigação da CPMI

Advogado Wilians sob investigação da CPMI

A Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) aprovou nesta quinta-feira (25) requerimentos que autorizam a quebra dos sigilos bancário e fiscal do advogado Nelson Wilians, referentes a períodos entre 2019 e 2025. O colegiado também decidiu enviar ao Supremo Tribunal Federal (STF) um pedido de prisão preventiva contra o advogado.

No início de setembro, a Polícia Federal e a Procuradoria-Geral da República já haviam solicitado a prisão de Wilians, mas o pedido foi rejeitado pelo ministro do STF André Mendonça, que entendeu que havia elementos para medidas cautelares contra outros investigados, mas não para a detenção do advogado.

A Polícia Federal aponta Wilians como peça central em um esquema de desvios que teria beneficiado aposentados e pensionistas do INSS, sendo utilizado pelo empresário Maurício Camisotti para movimentar e ocultar valores ilícitos. Investigadores indicam uma rede de transações financeiras envolvendo entidades suspeitas de fraudes previdenciárias. Camisotti e Antônio Carlos Camilo Antunes chegaram a ser presos preventivamente com autorização do ministro Mendonça.

Durante sessão da CPMI, Wilians negou qualquer envolvimento em irregularidades e afirmou que conhece Camisotti, mas não mantém relações com o “Careca do INSS”, apontado como operador do esquema. Ele reforçou que não participou dos desvios e defendeu a atuação da Polícia Federal, da qual foi alvo.

O futuro jurídico de Nelson Wilians segue indefinido. Com a aprovação dos novos requerimentos pela CPMI e o envio do pedido de prisão ao STF, aumenta a pressão política e investigativa sobre o papel do advogado no suposto esquema de fraudes previdenciárias.

Adriana Nogueira

Adriana Nogueira

💬 Comentários (0)

Deixe um Comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Este site utiliza o Akismet para reduzir spam. Saiba como seus dados em comentários são processados.