Tarifas atingem 74% das vendas brasileiras aos EUA

Tarifas atingem 74% das vendas brasileiras aos EUA

Mesmo após a inclusão de uma lista de exceções anunciada em agosto pela representação comercial dos Estados Unidos (USTR), as sobretaxas impostas pelo governo de Donald Trump continuam impactando a maior parte das exportações brasileiras para o mercado norte-americano. Levantamento da Confederação Nacional da Indústria (CNI) mostra que 73,8% dos produtos enviados ao país seguem sujeitos ao tarifaço, o equivalente a 6.033 itens de diferentes setores.

Antes da atualização promovida pelo governo norte-americano, 77,8% das exportações brasileiras estavam sujeitas a taxações adicionais. O anexo de exceções da Ordem Executiva 14.257 liberou 39 produtos, entre eles minerais críticos, químicos industriais e metais preciosos e de base.

Do total de 39 itens, apenas 13 foram exportados pelo Brasil em 2024, somando aproximadamente US$ 1,7 bilhão — o que corresponde a 4,1% de todas as vendas brasileiras aos Estados Unidos. Dentro desse grupo, somente três produtos tiveram a isenção completa das tarifas adicionais: duas variações de pastas químicas de madeira (conífera e não conífera) e o ferroníquel, que juntos representam 4% das exportações para o mercado americano.

Os outros dez produtos seguem sujeitos a sobretaxa, que passou de 50% para 40%, conforme definido pela Ordem Executiva 14.323. Essa parcela representa 0,1% do total exportado e inclui metais preciosos, níquel, ímãs permanentes, artigos de ouro e grafite natural.

Segundo avaliação da CNI, a elevada proporção de produtos ainda afetados pelas tarifas reforça a necessidade de negociações mais amplas para reduzir os impactos sobre a competitividade brasileira nos Estados Unidos.

Adriana Nogueira

Adriana Nogueira

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