Burger King deve deixar a Argentina
Após mais de 30 anos de presença no mercado argentino, a rede de fast food Burger King está prestes a encerrar suas operações no país. A decisão partiu da Alsea, grupo mexicano responsável pela franquia local, que optou pela venda do negócio diante do agravamento da situação econômica e da queda no consumo interno durante a gestão do presidente Javier Milei.
O processo de venda está sendo conduzido pelo banco espanhol BBVA, que já iniciou negociações com possíveis compradores. Entre os interessados, estão fundos de investimento e empresas do setor alimentício, tanto da Argentina quanto do exterior. Esse movimento repete a estratégia da Alsea em outros países, como aconteceu em 2023 na Espanha, quando a empresa vendeu a operação da marca para um fundo britânico.
Mesmo com a saída do Burger King, a Alsea continuará operando na Argentina por meio da Starbucks, que tem apresentado melhor desempenho e segue em fase de crescimento no país.
Atualmente, o Burger King opera 118 unidades em território argentino, com presença em províncias como Buenos Aires, Córdoba, Mendoza, Santa Fe e Tucumán. A marca chegou ao país em 1989 e, desde então, consolidou-se como uma das principais redes de hambúrgueres do país.
Nos últimos anos, o setor de fast food argentino tem enfrentado uma concorrência cada vez mais acirrada. Redes locais, como a Mostaza, vêm ganhando espaço e disputam diretamente com gigantes internacionais, tanto em número de lojas quanto em visibilidade nos principais centros comerciais e rodovias. Além disso, hamburguerias artesanais e franquias de frango frito também têm atraído uma parcela significativa dos consumidores.
A saída do Burger King reforça uma tendência mais ampla de retração de grandes marcas globais em países que enfrentam instabilidade econômica, inflação elevada e margens de lucro cada vez menores.
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