Brasil mira top 4 da produção global de petróleo
A recente licença ambiental concedida pelo Ibama à Petrobras para perfurar o primeiro poço exploratório na Margem Equatorial marca um passo importante para o setor energético brasileiro. A medida abre caminho para novas áreas de exploração e aumenta as perspectivas de crescimento da produção nacional.
Atualmente, o Brasil ocupa a sétima posição entre os maiores produtores de petróleo do mundo, com uma produção diária de 3,9 milhões de barris, segundo dados da plataforma Trading Economics. O ranking global é liderado pelos Estados Unidos (13,6 milhões), seguidos por Arábia Saudita (9,9 milhões), Rússia (9,7 milhões), Canadá (4,8 milhões), China (4,4 milhões) e Iraque (3,8 milhões).
Especialistas destacam que a Margem Equatorial pode se tornar estratégica para o país. Caso os resultados exploratórios confirmem o potencial estimado, o Brasil terá condições de compensar a queda na produção do pré-sal, prevista para o início da próxima década, e até chegar ao grupo dos maiores produtores globais, se aproximando do Canadá e superando a China.
A autorização ambiental também deve estimular a participação do setor privado, fortalecendo a confiança de empresas que adquiriram blocos exploratórios na região durante o leilão da Agência Nacional do Petróleo (ANP), realizado em junho. Nesse certame, foram concedidos 19 blocos na Margem Equatorial, com a Petrobras garantindo 13 deles, em grande parte por meio de consórcios com a norte-americana ExxonMobil.
Caso o potencial da Margem Equatorial seja confirmado, o Brasil não apenas manterá sua produção, mas também poderá consolidar sua relevância geopolítica no setor energético global, tornando-se um protagonista no fornecimento de petróleo ao longo da década de 2030.
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