Aumento de casos de coqueluche preocupa especialistas
O Brasil registrou um aumento alarmante nos casos de coqueluche, especialmente entre crianças menores de 5 anos. Em 2024, foram notificados 4.304 casos, um salto de 1.253% em relação a 2023, que teve apenas 318 registros. As hospitalizações também triplicaram, com 1.330 internações no ano passado. A doença, causada pela bactéria Bordetella pertussis, pode ser fatal, principalmente para bebês sem vacinação completa. Em 2024, houve 14 mortes, em comparação com 10 entre 2019 e 2023.
A coqueluche é causada pela bactéria Bordetella pertussis e é transmitida por gotículas respiratórias quando a pessoa infectada tosse, espirra ou fala perto de alguém. A doença apresenta três fases: a catarral, com sintomas leves semelhantes aos de um resfriado; a paroxística, caracterizada por episódios intensos de tosse, vômitos e dificuldades respiratórias; e a fase de recuperação, quando as crises começam a diminuir. Sem tratamento adequado, a doença pode levar a complicações graves e até à morte, principalmente em bebês que ainda não completaram o esquema vacinal.
Para os especialistas o aumento nos casos de coqueluche reflete a cobertura vacinal ainda insuficiente e desigual. Embora a vacinação DTP (tríplice bacteriana, que protege contra difteria, tétano e coqueluche) tenha avançado de 87,6% em 2023 para 90,2% em 2024, a meta nacional de 95% ainda não foi atingida. Isso indica que, apesar do progresso, ainda há uma margem suficiente para a circulação do vírus, especialmente entre bebês mais novos.
Além da vacinação, medidas como evitar contato com pessoas doentes, usar máscara e higienizar as mãos são essenciais para prevenir a disseminação. A conscientização dos pais sobre os sintomas da doença, como tosse intensa e dificuldades respiratórias, é crucial para buscar tratamento precoce e evitar complicações graves.
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