Mercado de trabalho segue forte e desemprego recua

Mercado de trabalho segue forte e desemprego recua

A taxa de desemprego no Brasil recuou para 5,6% no trimestre encerrado em setembro de 2025, igualando o menor patamar desde o início da série histórica da PNAD Contínua, em 2012. O indicador caiu 0,2 ponto percentual em relação ao trimestre anterior e 0,8 ponto na comparação com o mesmo período de 2024. O número de pessoas desocupadas chegou a 6,045 milhões, o menor contingente já registrado, enquanto a população ocupada se manteve estável em 102,4 milhões de trabalhadores, permanecendo em nível recorde. A proporção de pessoas empregadas na população em idade ativa foi de 58,7%.

Os dados mostram que o mercado de trabalho segue aquecido, com avanços em alguns setores e recuos em outros. As maiores altas na ocupação ocorreram na agropecuária e na construção civil, ambas com crescimento de 3,4% em relação ao trimestre anterior. Em contrapartida, houve queda no comércio e nos serviços domésticos, que registraram perdas de 1,4% e 2,9%, respectivamente. No comparativo anual, os destaques positivos foram os segmentos de transporte, armazenagem e correio, e o de administração pública, saúde e educação, enquanto os serviços domésticos continuaram em retração.

A taxa de informalidade permaneceu em 37,8% da população ocupada, o equivalente a 38,7 milhões de trabalhadores. O número de empregados com carteira assinada alcançou novo recorde, chegando a 39,2 milhões, enquanto o total de empregados sem carteira no setor privado ficou em 13,5 milhões, com queda de 4% em um ano. O contingente de trabalhadores por conta própria manteve estabilidade no trimestre, mas cresceu 4,1% em relação a 2024.

A taxa composta de subutilização da força de trabalho caiu para 13,9%, também a menor da série histórica. O total de pessoas subocupadas por insuficiência de horas foi o menor desde 2016, e o número de desalentados ficou em 2,6 milhões, bem abaixo do pico de 2021.

A massa de rendimento real habitual dos trabalhadores atingiu novo recorde, somando R$ 354,6 bilhões, com alta de 5,5% em um ano. O rendimento médio também cresceu 4% no mesmo período, com aumento mais expressivo nos setores de alojamento e alimentação, agropecuária, construção e administração pública.

Os resultados da PNAD Contínua confirmam a tendência de recuperação sustentada do mercado de trabalho em 2025, com expansão do emprego formal, redução do desemprego e crescimento da renda real. A próxima divulgação da pesquisa, referente ao trimestre encerrado em outubro, está prevista para 28 de novembro.

Adriana Nogueira

Adriana Nogueira

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