Orçamento dos partidos para 2026 chega a R$ 6,4 bilhões
O valor reúne recursos do Fundo Partidário, repassado mensalmente, e do Fundo Eleitoral, distribuído exclusivamente em ano de eleição. Também entram na conta os rendimentos obtidos a partir de aplicações financeiras realizadas pelas próprias legendas.
De acordo com dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), o Fundo Eleitoral vem registrando crescimento expressivo nos últimos anos. Em 2018, o montante era de R$ 1,7 bilhão; em 2024, saltou para R$ 5 bilhões.
Para 2026, a projeção é que os partidos recebam a soma dos dois fundos públicos. Apenas entre janeiro e agosto de 2024, as siglas já haviam recebido R$ 3,2 bilhões do Fundo Partidário, destinado à manutenção das estruturas administrativas e das atividades político-partidárias. A esse valor será acrescido o Fundo Eleitoral, estimado pelo Congresso em R$ 3,2 bilhões, que será liberado no próximo ano para custear as campanhas municipais.
Os maiores volumes de recursos ficarão com PT, PL, PSD, MDB e União Brasil, que detêm as maiores bancadas na Câmara dos Deputados e no Senado. A legislação determina que a distribuição considere o desempenho dos partidos nas últimas eleições. Além disso, as legendas podem realizar investimentos financeiros com os valores recebidos, gerando rendimentos significativos — prática permitida pela legislação.
A divisão do Fundo Eleitoral segue percentuais fixos previstos em lei:
48% de acordo com o tamanho das bancadas na Câmara;
35% conforme a representação no Senado;
15% para partidos que atingiram a cláusula de desempenho;
2% distribuídos igualmente entre todas as siglas registradas no país.
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