Brasil reforça destaque em ciência global
O Brasil conta com 17 pesquisadores entre os mais influentes do mundo em produção científica, de acordo com o levantamento anual da plataforma Clarivate divulgado neste mês. O número supera o registrado em 2024, quando 16 cientistas com atuação no país apareceram na relação.
A lista, produzida desde 2014 pela empresa norte-americana especializada em análise acadêmica, identifica pesquisadores cujo trabalho teve maior impacto global em áreas como agronomia, biologia, medicina, engenharia, matemática, psicologia, física e ciência da computação. A edição de 2025 considera estudos publicados nos 11 anos anteriores, cobrindo o período de 2014 a 2024.
Somente artigos indexados na base Web of Science — que inclui periódicos de referência como Nature e Science — entram na avaliação. O método segue os Indicadores Essenciais Científicos (ESI), que analisam impacto e número de citações.
A seleção começa com uma lista preliminar formada pelos autores que figuram no 1% mais citado de cada área. Em seguida, são aplicadas linhas de corte específicas para cada subdisciplina, permitindo comparar pesquisadores que atuam em campos diferentes, incluindo os de perfil multidisciplinar. Também podem entrar nomes com um artigo a menos do que o limite exigido, desde que suas publicações estejam entre as mais citadas.
O ranking se baseia exclusivamente no volume de citações, o que significa que não aborda outros critérios de mérito acadêmico. Ainda assim, mostra tendências de destaque internacional. Entre os 17 pesquisadores atuantes no Brasil, quatro são da área de ecologia e meio ambiente, reforçando o protagonismo do país nesses estudos.
A edição deste ano reúne 7.131 autorias ou instituições, representando 6.868 pesquisadores — alguns aparecem mais de uma vez por contribuições em áreas distintas. Os Estados Unidos lideram o ranking global, com 2.670 nomes, seguidos por China (1.406), Reino Unido (570) e Alemanha (363).
No Brasil, a presença vem crescendo: eram apenas cinco pesquisadores em 2014, número que quase quadruplicou em uma década. Na lista de 2025, 11 dos 17 cientistas trabalham em instituições paulistas, sendo sete ligados à Universidade de São Paulo (USP).
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