Processos disciplinares em votação
O Conselho de Ética da Câmara dos Deputados analisa, nesta terça-feira (25), a abertura de processos disciplinares contra nove parlamentares. As acusações envolvem desde ofensas pessoais e ataques nas redes sociais até episódios de tumulto em sessões da Casa. Entre os investigados, há deputados de diferentes legendas, incluindo PT, PL, Avante, União Brasil e Psol.
O deputado Gilvan da Federal (PL-ES) responde a duas representações. A primeira aponta declarações consideradas ofensivas e difamatórias contra a ministra das Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann. A segunda trata de uma fala em que ele teria desejado a morte do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
André Janones (Avante-MG) acumula três pedidos de investigação. Um deles decorre de um embate com Nikolas Ferreira (PL-MG). Outro se refere a uma discussão no X (antigo Twitter), na qual Janones acusou Gustavo Gayer (PL-GO) de ser um assassino. A terceira representação aborda denúncias de suposta rachadinha em seu gabinete, feitas por um ex-assessor.
No caso de Kim Kataguiri (União Brasil-SP), o Psol pede apuração sobre uma discussão com a deputada Célia Xakriabá. Durante o bate-boca, Kim afirmou que a parlamentar indígena faria “cosplay”, o que gerou reação imediata dentro e fora do plenário.
O deputado Lindbergh Farias (PT-RJ) também é alvo de duas representações. Uma delas diz respeito à repercussão de uma suposta acusação feita por Marcel Van Hattem (Novo-RS) contra o ministro Alexandre de Moraes — situação que, segundo a representação, teria sido distorcida por Lindbergh. A outra envolve o episódio em que ele chamou Gustavo Gayer de “canalha” durante sessão.
Éder Mauro (PL-PA) é acusado de agredir fisicamente o bancário Bruno Silva após discordâncias políticas relacionadas ao ex-presidente Jair Bolsonaro. A denúncia aponta uso de força e atitude intimidatória por parte do parlamentar.
O ministro licenciado e deputado federal Guilherme Boulos (Psol-SP) também é citado em uma representação apresentada pelo PL. Segundo o partido, Boulos teria ofendido os deputados Gustavo Gayer e Gilvan da Federal em discussões no plenário, empregando termos que, na avaliação da legenda, ultrapassaram os limites do debate parlamentar.
O Psol também protocolou representação contra José Medeiros (PL-MT), alegando que o deputado usou as redes sociais para atacar Ivan Valente (Psol-SP) com insultos pessoais e atribuindo a ele ações falsas.
O deputado Sargento Fahur (PSD-PR) é alvo de processo por declarações feitas durante um discurso, quando afirmou que, se existisse um filme em que o deputado Pastor Henrique Vieira (Psol-RJ) fosse agredido, ele gostaria de interpretar “o policial que bate”.
A lista inclui ainda Célia Xakriabá (Psol-MG), denunciada pelo PL após um tumulto ocorrido em sessão da Câmara. A sigla sustenta que a deputada teria incitado a confusão e desrespeitado outros parlamentares durante o episódio.
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