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Polícia Federal prende presidente da Alerj

Polícia Federal prende presidente da Alerj
Publicado por Adriana Nogueira | Data da Publicação 03/12/2025 14:02 | Comentários: (0)

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O presidente da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj), Rodrigo Bacellar (União), foi preso preventivamente pela Polícia Federal (PF) nesta quarta-feira (3) durante a Operação Unha e Carne. A ação investiga a participação de agentes públicos em vazamento de informações sigilosas que teria prejudicado a investigação da Operação Zargun, responsável pela prisão do deputado estadual Thiego Raimundo dos Santos Silva, conhecido como TH Joias, em setembro.

TH Joias havia sido alvo de duas operações simultâneas, Bandeirante e Zargun. Na ocasião, ele não foi localizado nem em sua residência na Barra da Tijuca, nem no gabinete da Alerj, sendo detido posteriormente em um condomínio de alto padrão na mesma região.

Nesta quarta-feira, mandados de busca e apreensão foram cumpridos na residência de Bacellar e nas dependências da Alerj, autorizados pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). Na decisão, o magistrado destacou que há indícios de que Bacellar teria atuado para vazar informações sensíveis da Operação Zargun e para obstruir a justiça, promovendo ações para ocultação de provas relacionadas a TH Joias e seus associados.

Segundo Moraes, os fatos apontam que Bacellar estaria envolvido em tentativas de obstrução de investigações ligadas a uma facção criminosa, exercendo influência no Poder Executivo estadual e elevando o risco de continuidade de delitos e interferência nas apurações.

A Alerj informou que ainda não foi comunicada oficialmente sobre a operação.

A Operação Zargun, deflagrada em setembro, investigou um esquema de corrupção envolvendo lideranças do Comando Vermelho (CV) no Complexo do Alemão e diversos agentes públicos, incluindo um delegado da PF, policiais militares, um ex-secretário municipal e estadual, além do deputado estadual Thiego Raimundo dos Santos Silva.

O ex-deputado foi indiciado por integrar organização criminosa armada, contrabando, exploração clandestina de telecomunicações, evasão de divisas, tráfico de drogas interestadual e violação de sigilo profissional. Junto a ele, foram presos Alessandro Pitombeira Carrasena, ex-secretário estadual e municipal, três policiais militares e um delegado federal, detido no Aeroporto Internacional do Galeão.

As investigações apontam que líderes do Comando Vermelho mantinham contato direto com essas autoridades e se infiltraram na administração pública para obter impunidade, acesso a informações sigilosas e facilitar a importação de armas do Paraguai e equipamentos antidrone da China, que eram revendidos até para facções rivais.


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