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La Niña fraca pode mudar o clima nos próximos meses

La Niña fraca pode mudar o clima nos próximos meses
Publicado por Talliana Luz | Data da Publicação 04/12/2025 10:54 | Comentários: (0)

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A Organização Meteorológica Mundial (OMM), ligada à ONU, vê 55% de chance de um La Niña fraco se firmar e moldar o clima entre dezembro de 2025 e fevereiro de 2026. É uma sinalização antecipada de que o padrão atmosférico pode mudar no trimestre, com impactos espalhados pelo planeta.

Mesmo assim, a agência alerta: o resfriamento global temporário típico do La Niña não deve impedir que muitas regiões registrem temperaturas acima da média.

A previsão, divulgada nesta quinta-feira (04), parte de indicadores oceânicos e atmosféricos que já mostravam um cenário “quase La Niña” no meio de novembro. Ou seja, uma situação no limite, ainda indefinida, agora aparece com mais clareza nos modelos.

OMM detalha o La Niña e projeta retorno à neutralidade no início de 2026

O La Niña começa com um resfriamento amplo da superfície do Pacífico Equatorial Central e Centro-Leste, movimento que reorganiza a circulação tropical.

É um ajuste periódico. Quando as águas caem 0,5°C ou mais, o fenômeno é oficialmente caracterizado e passa a influenciar ventos, pressão atmosférica e a forma como a chuva se distribui pelos continentes.

A dinâmica é conhecida, mas nunca igual. Cada episódio responde de um jeito às condições do oceano e da atmosfera.

Essas oscilações aparecem em ciclos que, historicamente, voltam num período de três a cinco anos. O episódio mais recente, fraco e curto, terminou em abril de 2025, segundo a Noaa, a agência oceânica e atmosférica dos EUA.

Agora, com sinais de resfriamento reaparecendo, a OMM volta a apontar um padrão típico do fenômeno. Mas em sua versão moderada, de curta duração e com efeitos espalhados de forma desigual.

Para os próximos três meses, o mapa de temperaturas tende a fugir da lógica intuitiva. Mesmo com o resfriamento oceânico, a OMM projeta valores acima do normal em grande parte do Hemisfério Norte e também em amplas regiões do Hemisfério Sul.

Já as chuvas devem seguir o desenho clássico de uma La Niña fraca, com impactos mais marcados nas faixas tropicais e subtropicais, onde os ventos respondem com mais sensibilidade ao comportamento do Pacífico.

No horizonte, porém, o fenômeno começa a perder força. Entre janeiro e março e depois entre fevereiro e abril de 2026, a probabilidade de um retorno à neutralidade sobe de 65% para 75%.

O risco de um El Niño despontar nesse intervalo é considerado “muito baixo”. Até lá, os Serviços Meteorológicos e Hidrológicos Nacionais seguem no monitoramento contínuo para orientar governos e setores que dependem de previsões climáticas de curto prazo.


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