Óbitos por aids caem no Maranhão

Óbitos por aids caem no Maranhão

O Maranhão apresentou uma redução significativa nas mortes por aids entre 2023 e 2024. O número de óbitos caiu de 398 para 354, o que representa diminuição de 11%, conforme dados do novo Boletim Epidemiológico do Ministério da Saúde. O desempenho acompanha a tendência nacional: o Brasil registrou 9,1 mil mortes no último ano, o menor índice dos últimos 30 anos.

Segundo o Ministério da Saúde, o resultado reflete a ampliação das estratégias de prevenção, o aumento da testagem e o acesso facilitado às terapias oferecidas pelo Sistema Único de Saúde. O país também alcançou a eliminação da transmissão vertical do HIV como problema de saúde pública, marco obtido quando a passagem do vírus da mãe para o bebê atinge níveis mínimos.

Os casos de aids no Brasil também tiveram leve queda, passando de 37,5 mil em 2023 para 36,9 mil em 2024. No Maranhão, foram registrados 1.280 novos diagnósticos no ano passado. O boletim ainda aponta redução de 7,9% nos registros de gestantes com HIV e de 4,2% nas notificações de crianças expostas ao vírus. Outro avanço expressivo foi a diminuição de 54% no início tardio da profilaxia neonatal.

O país mantém indicadores alinhados aos critérios da Organização Mundial da Saúde para eliminação da transmissão vertical, com taxa inferior a 2% e incidência abaixo de 0,5 caso por mil nascidos vivos. A cobertura de pré-natal, testagem e tratamento das gestantes com HIV supera 95%.

Em 2024, o Brasil contabilizou 68,4 mil pessoas vivendo com HIV ou aids, número estável nos últimos anos. No Maranhão, foram registrados 2.411 casos.

Na área da prevenção e do diagnóstico, o Ministério da Saúde vem ampliando a estratégia de Prevenção Combinada, que inclui métodos além do uso de preservativos. Entre eles estão a Profilaxia Pré-Exposição (PrEP) e a Profilaxia Pós-Exposição (PEP). A adesão à PrEP cresceu mais de 150% desde 2023, sendo utilizada diariamente por cerca de 140 mil pessoas.

Para fortalecer a detecção precoce, o governo adquiriu 6,5 milhões de testes rápidos de HIV e sífilis e distribuiu 780 mil autotestes, ampliando o acesso ao diagnóstico e possibilitando o início imediato do tratamento.

O SUS assegura acompanhamento gratuito e disponibiliza terapias altamente eficazes, como o comprimido único composto por lamivudina e dolutegravir, utilizado por mais de 225 mil pessoas no país. O esquema simplificado reduz efeitos adversos e facilita a adesão por concentrar o tratamento em dose única diária.

Com esses avanços, o Brasil já atinge duas das três metas globais 95-95-95, que preveem diagnóstico, tratamento e supressão viral em larga escala.

Adriana Nogueira

Adriana Nogueira

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