PP recusa apoiar Moro em 2026
O diretório estadual do Progressistas (PP) no Paraná decidiu, que não dará aval à candidatura do senador Sergio Moro (União Brasil) ao governo do estado nas eleições de 2026. A decisão foi tomada de forma unânime, divulgada nesta terça-feira (9) e, segundo dirigentes locais, não sofrerá intervenção da direção nacional do partido, comandada pelo senador Ciro Nogueira (PI).
A posição firmada no Paraná cria um impasse com o União Brasil, legenda de Moro. Nacionalmente, PP e União Brasil aguardam no Tribunal Superior Eleitoral a análise do pedido de criação da federação partidária União Progressista.
De acordo com o deputado federal Ricardo Barros (PP-PR), que liderou as conversas internas, o partido esperava chegar a um entendimento com o União Brasil no estado, mas as negociações conduzidas nos últimos sete meses não avançaram. Segundo ele, Moro dialogou com dirigentes e lideranças locais, mas não obteve apoio entre os progressistas paranaenses.
No estado, o PP integra a base política do governador Ratinho Junior (PSD), que deve apresentar um nome próprio para disputar o governo em 2026. Dirigentes do Progressistas afirmam que uma chapa majoritária da federação só poderia ser registrada com o aval dos presidentes nacionais das duas siglas, Ciro Nogueira e Antonio Rueda, o que hoje não tem consenso interno.
O objetivo do PP paranaense, nas eleições proporcionais, é manter o tamanho da atual representação — cinco deputados federais e sete deputados estaduais.
Ricardo Barros afirmou ainda que Moro deve buscar outra sigla caso insista na candidatura ao Palácio Iguaçu. Segundo ele, o senador deve concorrer de qualquer maneira, já que está no meio do mandato, e precisará encontrar um partido que garanta a legenda necessária, já que a federação não pretende registrar seu nome por causa da decisão tomada pelo diretório estadual e respaldada pela direção nacional do PP.
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