O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, determinou que a Polícia Federal realize uma perícia médica oficial, em até 15 dias, para avaliar a suposta necessidade de cirurgia apresentada pela defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Preso na Superintendência da PF em Brasília desde 25 de novembro, Bolsonaro não havia informado qualquer urgência médica no momento da prisão, conforme destacou o ministro.
A solicitação da defesa foi feita em 9 de dezembro e pede autorização para que o ex-presidente seja submetido a procedimentos cirúrgicos no hospital DF Star, na capital federal. Os advogados também pedem que ele permaneça internado pelo período considerado necessário para sua recuperação.
Moraes observou que os laudos apresentados pela equipe jurídica não são recentes. O documento mais atual tem cerca de três meses e, conforme apontado na decisão, os médicos não indicaram necessidade imediata de cirurgia na época em que os exames foram realizados.
Bolsonaro passou por sua cirurgia mais recente em setembro, quando removeu lesões na pele. O procedimento foi conduzido pelo médico Claudio Birolini, o mesmo responsável por uma intervenção no intestino realizada em abril.
Para embasar o pedido, a defesa menciona um quadro de enfermidades variadas, classificadas como graves, crônicas e progressivas, e cita decisões anteriores que concederam prisão domiciliar humanitária em casos semelhantes.
O ex-presidente permanece detido na sede da PF, inicialmente em prisão preventiva por episódios relacionados à vigília e ao uso de tornozeleira eletrônica. Após o trânsito em julgado do processo sobre a tentativa de golpe, Bolsonaro passou a cumprir pena em regime fechado no mesmo local.
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