Foragido da Justiça, ex-diretor da PRF é preso no Paraguai

Silvinei Vasques, que comandou a corporação durante o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro, foi detido nesta sexta-feira (26) no Aeroporto Internacional Silvio Pettirossi, em Assunção, no Paraguai. Ele tentava embarcar em um voo com destino a El Salvador quando foi interceptado pelas autoridades paraguaias.

Segundo informações da Polícia Federal, Silvinei rompeu a tornozeleira eletrônica que utilizava em Santa Catarina e deixou o território brasileiro sem autorização da Justiça. A violação do equipamento acionou alertas nas fronteiras, o que levou ao acionamento da representação brasileira no Paraguai e à localização do ex-dirigente.

No momento da abordagem, Silvinei apresentava um passaporte paraguaio legítimo, porém emitido com dados que não correspondiam à sua verdadeira identidade. Após a confirmação, ele foi preso ainda no aeroporto e colocado à disposição do Ministério Público paraguaio. A expectativa é de que ele seja expulso do país e entregue às autoridades brasileiras.

Silvinei Vasques foi condenado pela Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal a 24 anos e seis meses de prisão por envolvimento em uma tentativa de golpe de Estado. Apesar da condenação, ele aguardava em liberdade por ainda haver possibilidade de recursos. Também em agosto deste ano, foi sentenciado por improbidade administrativa, após a Justiça concluir que ele utilizou a estrutura da PRF com objetivos eleitorais em 2022.

Depois de deixar a Polícia Rodoviária Federal, em 2022, Silvinei assumiu um cargo na Secretaria de Desenvolvimento Econômico e Inovação de São José, na Grande Florianópolis, mas pediu exoneração em dezembro de 2025, após a sequência de condenações judiciais relacionadas à trama golpista. Em 2023, ele chegou a ser preso preventivamente, mas foi solto em agosto daquele ano mediante o cumprimento de medidas cautelares, antes de se tornar réu e, posteriormente, condenado.