CPI: Direito ao silêncio é usado por influenciador

CPI: Direito ao silêncio é usado por influenciador

O influenciador digital e ex-vencedor do reality A Fazenda, Rico Melquiades, ficou em silêncio por oito vezes durante seu depoimento à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) das Apostas Esportivas, no Senado, nesta quarta-feira (14). Ele foi convocado na condição de testemunha e prestou esclarecimentos sobre sua relação com a divulgação de plataformas de apostas on-line.

A oitiva começou por volta das 11h40 e, ao longo de cerca de uma hora, Melquiades evitou responder a perguntas sobre investigações das quais foi alvo no início do ano, incluindo valores recebidos por campanhas publicitárias ligadas a jogos on-line.

Senadores o questionaram diretamente se teria confessado os crimes de associação criminosa e falsidade ideológica, além de ter pago uma multa de R$ 1 milhão. O influenciador optou por não se manifestar também sobre a origem desse valor e se ele estaria vinculado a lucros obtidos com publicidade de casas de apostas.

Melquiades foi um dos alvos da Operação Game Over 2, deflagrada pela Polícia Civil de Alagoas em janeiro deste ano. A investigação apura o envolvimento de influenciadores na promoção irregular de jogos de azar on-line.

Com autorização do Supremo Tribunal Federal (STF), o influenciador tem o direito de permanecer em silêncio em questões que possam implicá-lo criminalmente. A medida é semelhante à concedida anteriormente à também influenciadora Virgínia Fonseca, que prestou depoimento à mesma CPI.

Adriana Nogueira

Adriana Nogueira

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