SUS terá teste genético para câncer
A Comissão de Assuntos Sociais (CAS) do Senado aprovou, nesta quarta-feira (10), o projeto que garante a oferta de testes genéticos pelo Sistema Único de Saúde (SUS) para mulheres com alto risco de desenvolver câncer de mama, ovário e colorretal. A proposta, de autoria do senador Rogério Carvalho (PT-SE), foi relatada favoravelmente pela senadora Dra. Eudócia (PL-AL) e agora segue para análise da Câmara dos Deputados.
O texto altera a Lei nº 11.664/2008, que trata das ações de prevenção, diagnóstico e tratamento dos cânceres de mama, colo do útero e colorretal no SUS. Com a nova medida, mulheres que pertençam a grupos de risco elevado poderão realizar exames genéticos para identificar mutações hereditárias que aumentam as chances de desenvolver essas doenças.
Segundo o Instituto Nacional de Câncer (Inca), cerca de 10% dos casos de câncer de mama e 25% dos casos de câncer de ovário têm origem genética. Apenas em 2020, o Brasil registrou 66,2 mil novos casos de câncer de mama e 6,6 mil de ovário, o que reforça a importância do rastreamento precoce em populações vulneráveis.
A senadora Dra. Eudócia ressaltou que, apesar do crescimento da utilização de testes genéticos nos últimos anos, o acesso pelo SUS ainda é limitado, o que acaba impulsionando a judicialização da saúde — quando pacientes recorrem à Justiça para garantir tratamentos. Para ela, incorporar os testes à rede pública pode salvar vidas e reduzir custos para o Estado.
“É fundamental investir em programas de educação para informar a população sobre os riscos genéticos familiares e a importância do diagnóstico precoce. O teste genético salva vidas e representa economia para os cofres públicos”, afirmou a senadora.
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