Influenciadora vira ré após disputa sobre nome da filha
Caroline Aristides Nicolchi, de 26 anos, passou a responder a um Procedimento Comum Cível movido pela delegatária do 28º Cartório de Registro Civil de São Paulo. O caso teve início depois que ela expôs nas redes sociais as dificuldades encontradas para alterar o nome da filha dentro do prazo legal previsto.
De acordo com a Arpen-SP (Associação dos Registradores de Pessoas Naturais de São Paulo), a recusa do cartório se baseou na Lei de Registros Públicos, que exige manifestação formal do genitor ausente no ato do registro para permitir modificações. A mudança só foi confirmada posteriormente por decisão judicial, que considerou outros elementos além da esfera de análise do registrador.
O juiz negou o pedido de sigilo processual, entendendo que não havia previsão legal para restringir a publicidade do caso. Em avaliação preliminar, também apontou que os vídeos divulgados por Caroline representavam sua percepção pessoal do episódio, sem indícios suficientes para caracterizar dano jurídico imediato.
As gravações internas do cartório analisadas até agora não mostraram conflito além da tensão comum em situações de frustração. Ainda assim, a Justiça determinou a inclusão de novos áudios e vídeos no processo e solicitou que ambas as partes apresentem trechos e transcrições relevantes para garantir a ampla defesa.
Caroline afirma ter sido a principal prejudicada pela atuação da registradora e relaciona o episódio ao agravamento de seu estado de saúde no pós-parto, alegando sintomas de depressão. Ela sustenta ainda que não foi responsável por elevar o tom da discussão durante o atendimento.
O caso começou após a influenciadora registrar a filha com o nome Ariel e, pouco depois, solicitar a troca para Bela. A decisão foi motivada pelo receio de que o prenome neutro pudesse gerar situações de bullying ou confusão de gênero, já que chegou a ser usado no masculino por médicos. Com o apoio do marido, ela pediu a alteração com base na Lei de Registros Públicos, que permite reavaliação do prenome nos primeiros 15 dias após o registro. O pedido foi negado pelo cartório, o que deu origem à disputa judicial que agora tramita na Justiça.
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