Justiça afasta prefeito e secretários por corrupção

Justiça afasta prefeito e secretários por corrupção

Na manhã desta quarta-feira (22), o prefeito de São Benedito do Rio Preto, Wallas Gonçalves Rocha (Republicanos), foi afastado do cargo por decisão judicial, no âmbito da Operação Santa Chaga, deflagrada pela Polícia Federal com apoio da Controladoria-Geral da União (CGU). A operação investiga um suposto esquema de desvio de recursos públicos destinados à educação básica, por meio do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica (Fundeb).

Além do prefeito, também foram afastados três servidores que ocupavam cargos estratégicos na administração municipal: o secretário de Educação, Jairo Viana Frazão; a secretária-adjunta da pasta, Celina Maria Albuquerque; e a tesoureira da prefeitura, Andreya Almeida Aguiar Monteiro da Silva. Os afastamentos são parte de medidas cautelares determinadas pela Justiça com o objetivo de preservar a integridade das investigações.

Segundo as autoridades, os alvos da operação são suspeitos de utilizar recursos do Fundeb de forma indevida, desviando verbas para fins políticos e pessoais. A apuração aponta que pessoas sem qualquer vínculo com a área educacional teriam recebido pagamentos com dinheiro público, e há indícios de que parte desses valores tenha sido utilizada para compra de apoio político, além de beneficiar parentes e aliados do grupo investigado.

Ao todo, a Polícia Federal cumpriu 17 mandados de busca e apreensão em São Benedito do Rio Preto, Jatobá, Urbano Santos e São Luís. Documentos e equipamentos eletrônicos foram apreendidos para análise, com o objetivo de aprofundar as investigações sobre a destinação de recursos públicos.

O Ministério Público Eleitoral já havia emitido um parecer pedindo a cassação dos mandatos de Wallas Rocha e da vice-prefeita Débora Heilmann Mesquita. A recomendação também incluía a declaração de inelegibilidade do prefeito por oito anos. De acordo com o MP, há indícios de uso irregular de aproximadamente R$ 13,5 milhões do Fundeb, incluindo pagamentos realizados durante o período eleitoral de 2024 a blogueiros, candidatos, vereadores e familiares, sem comprovação de prestação de serviços.

As investigações seguem em curso e, caso as suspeitas sejam confirmadas, os envolvidos poderão responder por crimes como peculato, falsidade ideológica eleitoral e lavagem de dinheiro.

Adriana Nogueira

Adriana Nogueira

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