Aposentadorias e salário mínimo devem ter aumento em 2026
O governo federal projeta um reajuste de 4,66% para aposentadorias e pensões do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) em 2026, conforme estimativas apresentadas no Projeto de Lei Orçamentária Anual (PLOA). O percentual corresponde à inflação esperada para 2025, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), indicador que serve de referência para a correção dos benefícios previdenciários.
O índice definitivo será conhecido em 9 de janeiro de 2026, quando o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgará o INPC acumulado no ano. Os beneficiários que recebem acima do salário mínimo terão seus pagamentos ajustados com base nesse percentual. Já quem ganha até um salário mínimo receberá o mesmo aumento aplicado ao piso nacional.
Atualmente, cerca de 2,1 milhões de aposentados e pensionistas recebem valores superiores ao piso, enquanto 28,3 milhões recebem até um salário mínimo, segundo dados do INSS. O calendário oficial de pagamentos para 2026 ainda não foi divulgado pelo instituto.
O salário mínimo nacional, atualmente fixado em R$ 1.518, deve alcançar R$ 1.631 em 2026, de acordo com as projeções enviadas pelo governo ao Congresso Nacional em agosto. O aumento estimado é de 7,45%, calculado a partir da inflação prevista de 4,78% mais a variação do PIB de dois anos anteriores, limitada a 2,5%, conforme determina a nova política de valorização do piso.
Com o reajuste, todos os benefícios previdenciários atrelados ao salário mínimo — como aposentadorias, pensões e auxílios — também serão atualizados automaticamente.
As projeções do governo indicam ainda uma trajetória de crescimento gradual do piso nos próximos anos:
2027: R$ 1.725
2028: R$ 1.823
2029: R$ 1.908
Além do piso, o teto previdenciário — valor máximo pago pelo INSS — também deve ser ajustado. A previsão é que o limite atual, de R$ 8.157,41, suba para R$ 8.537,55 em 2026, acompanhando o reajuste de 4,66% projetado pelo governo.
As estimativas de reajuste constam na grade de parâmetros macroeconômicos elaborada pela Secretaria de Política Econômica (SPE), do Ministério da Fazenda. A projeção de INPC de 4,66% foi mantida tanto na versão de julho quanto na atualização publicada em setembro de 2025 pelo Ministério do Planejamento e Orçamento.
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