Expectativa de vida sobe no país

A expectativa de vida ao nascer no Brasil subiu em 2024 e chegou a 76,6 anos, de acordo com dados divulgados pelo IBGE. O avanço representa um aumento de 2,5 meses em relação ao ano anterior, quando o indicador estava em 76,4 anos, reforçando a recuperação após o impacto da pandemia de Covid-19.

Os números mostram que as mulheres continuam vivendo mais que os homens. A estimativa feminina alcançou 79,9 anos, enquanto a masculina ficou em 73,3 anos. A diferença reflete a já conhecida sobremortalidade masculina, associada a fatores como maior exposição a violência, acidentes de trânsito e hábitos de vida menos saudáveis.

As projeções do IBGE consideram dados populacionais do Censo Demográfico e estatísticas do Sistema de Informações sobre Mortalidade do Ministério da Saúde. Para 2024, a população brasileira projetada era de 212,6 milhões de pessoas.

A taxa de mortalidade infantil foi estimada em 12,3 óbitos para cada mil nascidos vivos, índice que mede a probabilidade de um bebê não completar o primeiro ano de vida.

As informações fazem parte das Tábuas de Mortalidade 2022, utilizadas em cálculos importantes, como o fator previdenciário de aposentadorias. Os dados oferecem estimativas de expectativa de vida até os 80 anos.

No cenário global, o envelhecimento populacional também avança. A ONU estima que cerca de 588 mil pessoas chegaram aos 100 anos em 2023. A expectativa média de vida mundial é de 73 anos e deve alcançar 77 anos até 2050. Um levantamento do Instituto para Medição e Avaliação da Saúde (IHME) mostra que a pandemia reduziu em 1,6 ano a longevidade média no planeta entre 2020 e 2021.

O IBGE também atualizou suas projeções populacionais e estima que o Brasil deve começar a perder habitantes a partir de 2042. A expectativa é que o país atinja o pico populacional de 220,43 milhões em 2041 e, em seguida, entre em declínio, chegando a cerca de 199,2 milhões de pessoas em 2070.